segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Adão, Eva e a psicologia reversa de Deus

Muitos entendem a história de Adão e Eva como um caso de desobediência a Deus. Mas não é nada disso. Afinal, quando você realmente quer que uma criança pequena não mexa numa coisa, o que você faz? Mostra essa coisa a ela e diz "não mexa nisso senão você vai apanhar"? Claro que não! A não ser que você seja um pai muito burro. Para que a criança não mexa, você a deixa distante do objeto "proibido". Agora, se você quer que a criança mexa, você chama a atenção dela para o objeto em questão e diz para ela não mexer. É a famosa psicologia reversa, baseada na ideia de que o homem é incentivado pela proibição, e que se expressa no dito "tudo que é proibido é mais gostoso".

A questão é que, se até o homem, imperfeito como é, é capaz de entender a psicologia reversa, como um Deus perfeito pode ter deixado isso passar despercebido? Foi Ele que nos criou para reagirmos assim às proibições. E, querendo Ele que viéssemos à Terra, soube perfeitamente como agir para conseguir o que queria. Ele poderia ter deixado Adão e Eva bem longe da árvore cujo fruto era proibido; quiçá ter colocado uma cerca bem grande para proteger a árvore. Mas, ao invés disso, fez questão de mostrar a ambos a árvore e enfatizar que eles não deveriam comer do fruto dela.

E, com isto, Ele talvez tenha conseguido até mesmo enganar a serpente, que teria acreditado descumprir a vontade de Deus ao fazer Adão e Eva comerem do fruto (mas acho que nem a serpente seria tão burra, o que me faz pensar no que a levou a isso). A verdade é que nada nunca foge à vontade de Deus. Apenas acreditamos que isso aconteça por não compreendermos a perfeição divina. Diz-se que Deus escreve certo por linhas tortas. Mas não existem linhas tortas para Ele. Deus escreve certo por linhas retas. Nós é que somos astigmatas.

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